Especialistas debatem o papel e futuro da IoT

Especialistas debatem o papel e futuro da IoT

A internet das coisas no Brasil e no mundo possui inúmeros desafios. Quem trabalha com o ecossistema sabe melhor do que ninguém o quanto ainda temos de avançar em dispositivos, conexão, bateria, segurança, mão de obra qualificada e por que não automação completa e intersistêmica.  Não há limites para o que se pode fazer ou esperar de um futuro onde dispositivos inteligentes facilitarão nosso dia a dia na indústria, no campo, nas cidades e em casa.

Esta afirmação foi feita em uma live que reuniu profissionais de diferentes setores que em comum trabalham com o desenvolvimento da Internet das Coisas. Mediada pelo professor Waldomiro Loyolla, fundador do E2D 500 com a participação de José Carlos De Souza Junior, Reitor do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia e empresário na área de Inteligência de Dados e Base de Conhecimento; Leandro Nunes, gerente em IoT na American Tower e Nilton Gomes Valente, Sócio diretor da VAGON Engenharia e da VAGON Eletrônica.

Quando falamos em IoT é preciso observar que ela possui uma característica interessante e talvez única quanto ao mercado. Aqui diversos parceiros trabalham de maneira colaborativa como fornecedores, colaboradores e às vezes dependentes de parceiros que também são concorrentes. Isso só é possível porque o setor compreende que os dados se tornaram o novo petróleo.

Para o gerente da American Tower a vantagem competitiva de se utilizar a Internet das Coisas está no acesso aos dados cruciais para aumentar e melhorar a produtividade do empreendimento. Com acesso a maior quantidade de dados, de forma mais facilitada, mais rápida e assertiva essa empresa passa a frente daquelas que estão tentando se adaptar com processos obsoletos.

“O ecossistema de IoT é uma cadeia extremamente densa com vários tipos de parceiros que vão desde os fornecedores dos componentes básicos e eletrônicos utilizados para a construção dos dispositivos que levam os dados para internet, até as camadas mais sofisticadas, como analytics. Tendo em mente que a IoT é um meio de coleta de dados para que a gente trabalhe com essas informações de forma inteligente e assim tirar insight para o nosso dia a dia”, comentou Leandro Nunes.

Operando de maneira colaborativa para que o ecossistema se desenvolva cada vez mais há espaço para todos no mercado. Segundo Valente o potencial para dispositivos com base em IoT ultrapassa 1,5 bilhões de unidades, apenas no Brasil. Algumas verticais estão bem definidas como: monitoração de setores ambientais e industriais com potencial para mais de 190 milhões de dispositivos; rastreamento com mais de 230 milhões; medição 270 milhões; Smart City supera 290 milhões; segurança com potencial acima de 210 milhões.

O agronegócio é a vertical com maior potencial para dispositivos superando os 380 milhões, ainda que essa seja a área com maior carência de tecnologia. Porém, nos últimos anos mais dispositivos chegaram ao setor. “As áreas de engenharia civil, engenharia mecânica, engenharia de produção e controle de tráfego tem potencial muito grande, mas também estão carentes de disponibilidade de dispositivos”, salientou Valente.

Quanto ao futuro da IoT José Carlos, Reitor do Instituto Mauá de Tecnologia, é pragmático. Assim como a internet criada no século passado não se compara ao que se tornou nos dias atuais. O reitor acredita que no futuro próximo o ecossistema de IoT irá se distinguir muito do que temos hoje.

Entender o ecossistema desde desenvolver o dispositivo eletrônico, avançando todas as etapas até chegar ao modelo de negócio não é fácil. Por isso aqueles que se preparam nos centros de formação precisam focar em uma área de conhecimento e se conectarem a outros profissionais de outras áreas de conhecimento para que consigam oferecer solução para coisas complexas.

Por fim, voltamos ao consenso de que não há limites para a internet das coisas. Não se pode prever como será o mundo com bilhões de dispositivos conectados gerando dados para insight que melhorem a qualidade dos processos de produção e de qualidade de vida. Como comentou Leandro Nunes, podemos ter uma comunicação intersistêmica onde, por exemplo, prevendo o atraso das linhas de ônibus, o dispositivo de GPS da companhia de transporte envia a informação para o despertador de um usuário, alterando o horário de acionamento, sem a interferência humana no processo. O quão perto estamos desse futuro?

Para assistir a gravação do webinar, clique aqui.

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