Aisla Nascimento fala sobre sua trajetória profissional e o mercado de IoT
Aisla Nascimento, gerente de novos Negócios da Parlacom, conta como saiu das telecomunicações para uma das maiores empresas de IoT em todo o mundo.
Conte-nos um pouco sobre sua área de formação e trajetória profissional.
Sou formada em Comunicação Social, com habilitação em Relações Públicas. Minha trajetória profissional na área de tecnologia iniciou-se em telecomunicações em 1998, na antiga Telesp Celular. Ali, me apaixonei por tecnologia e decidi seguir carreira na área. Atuei em grandes empresas do setor como NET, TV CABO, Link Solutions, ON.
A minha jornada é de constante aprendizado e utilizo a tecnologia como aliada estratégica da comunicação para envolver diversos públicos, e isso possibilita chegar mais perto e, ao mesmo tempo, a um número maior de pessoas.
E foi na Link Solutions, ao atuar como gerente comercial, que conheci de perto o mercado de M2M.
Hoje, sou gerente de novos Negócios da Parlacom, que é focada em IoT. A empresa possui equipes distribuídas tanto no Brasil quanto no exterior (EUA, Canadá, Inglaterra, Índia) e infraestrutura de TI com Data Centers nos EUA, Inglaterra e Brasil. A Parlacom é líder em tecnologia e customização para gestão e conta com uma série de oportunidades de negócios no mercado de M2M e IoT.
Em quem você se inspira profissionalmente?
Cresci ouvindo que qualquer pessoa pode realizar o que desejar. Só precisa estabelecer planos e correr para conquistar seus sonhos. Acho que ainda escuto meu pai falar: “você pode tudo!” Por isso, afirmo que minha família é minha inspiração. No campo profissional, trabalhei com mulheres incríveis como Mariana Filizola, executiva de destaque que conseguia conciliar, com maestria, carreira e família.
Quais foram os maiores desafios que você enfrentou ou enfrenta na sua profissão por ser mulher?
Os desafios são diários: encontrar o equilíbrio necessário para desempenhar todos os papéis exigidos pela vida moderna, estar constantemente estudando e reaprendendo, desenvolver networking, ter flexibilidade e ficar atenta às tendências que o futuro reserva.
A mulher precisa provar todo dia sua importância e conhecimento em uma área predominante masculina.
Como você enxerga o cenário de IoT no Brasil e a atuação da mulher nesse nicho específico?
No Brasil, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, estima-se que, até 2025, vamos ultrapassar o número de 35 bilhões de dispositivos conectados.
Diante desse cenário, mas do que uma promessa, o IoT é algo que já está acontecendo e transformando empresas e a nossa vida.
Projetos já implementados e em estágios avançados no varejo, cidades inteligentes, agronegócio, telemedicina e segurança estão reduzindo custos e aumentando a produtividade e eficiência.
Percebo uma peculiaridade. O surgimento de times multidisciplinares e diversas parcerias estratégicas em torno de novos projetos, além disso, o mercado brasileiro está ligeiramente mais maduro e conta com muitas startups, que criam um cenário disruptivo, com diversas oportunidades para mulheres que têm interesse em atuar nesse setor.
Quais conselhos você daria às mulheres que estão começando a trabalhar com tecnologia e IoT?
Como disse Henry Ford, ”Se você acredita que pode, você pode. Se você acredita que não pode, você não pode”.
Acredite: você pode voar! Voe na direção de seus objetivos. Faça sua rota para alcançar o que deseja. Não permita que alguém influencie na direção contrária. Supere os obstáculos. Não desista. Vença a si própria. Não espere alguém acreditar em você. É você quem deve acreditar em si mesma. A força vem de dentro. É fundamental que você estude, se qualifique, tenha resiliência e acompanhe a evolução de IoT no Brasil e no mundo.